[AMADOR PG] Ypiranga celebra um ano da conquista inédita da Liga de Ponta Grossa
Há um ano, o escrete do Ypiranga
conquistava o título da Liga de Futebol Amador de Ponta Grossa diante o
América, no Estádio Miró de Freitas. A conquista ypiranguista foi inédita, nos
quase 100 anos de fundação do clube. Por isso, o triunfo foi importante na
história alvirrubra, pois foi a primeira vez em que o clube disputou o
campeonato em Ponta Grossa. Além deste feito, outra marca importante à equipe
comandada por Júlio César Vida, ser campeã de maneira invicta. Ou seja, uma
conquista que está na história do Ypiranga e também da Liga de Futebol Amador
de Ponta Grossa.
#AMADOR PG
Estreando na competição, o Ypiranga já
enfrentou logo de cara um forte adversário na primeira rodada. A partida
disputada em Ponta Grossa contra o Vila Velha foi um cartão de entrada, que
terminou com um empate por 1 a 1. Resultado que apresentou e já deixou claro o
que iria vir pela frente na cidade vizinha. Mas as partidas seguintes mostraram
ao contrário da situação. Com uma intensa preparação durante os dias da semana,
variando de dois a três treinos de um jogo para o outro, os jogadores se
prepararam fisicamente e taticamente para os próximos jogos. Não deu outra, a
base montada no elenco foi criando forma já na segunda rodada quando o Ypiranga
goleou os Galdinos por 9 a 0, dentro do Estádio João Chede, em Palmeira. A
primeira vitória trouxe alívio e confiança para os próximos jogos e as vitórias
aconteceram consequentemente.
Os números totais da primeira fase da
equipe de Palmeira foram: quatro vitórias, dois empates, com o saldo de 33 gols
feitos e apenas cinco sofridos. Mesmo com estes números, a equipe ficou em
segundo lugar no Grupo B, com 14 pontos, atrás do líder América. Durante a fase
de grupos, um dos jogos importantes foi a partida entre América e Ypiranga,
válido pela última rodada. Ambas as equipes estavam classificadas. Mas, mesmo
assim, a equipe do Ypiranga foi com o plantel titular, diferente do América. A
partida terminou em 4 a 1 para a equipe de Palmeira, decretando a primeira
derrota dos americanos no certame. O zagueiro Vinicius, cria da base do
Ypiranga, acredita que esta partida foi um momento forte do time no campeonato.
”Por mais que eles estivessem com alguns desfalques, não tira nosso mérito de
termos feito uma grande partida, contra uma equipe qualificada igual a deles’’,
enaltece o zagueiro Vinicius.
Depois do fim da primeira fase, as
equipes classificadas conheceram os adversários das quartas-de-finais. O Ypiranga
enfrentou o Milan Santa Mônica, que ficou em terceiro colocado no Grupo A, com
10 pontos. A primeira partida foi disputada no Estádio Miró de Freitas, em
Ponta Grossa e o placar foi convicto ao que foi o jogo, com o resultado de 1 a 0
para os alvirrubros. Uma partida intensa de ambos os lados fez com que saísse
apenas um gol e o Ypiranga abrisse vantagem na partida da volta. Em Palmeira, o
clima do primeiro jogo ainda era presente. Forte marcação das duas defesas e
poucas tentativas ofensivas fizeram com que a partida não saísse do 0 a 0 e,
assim, o Ypiranga conquistasse a vaga às semifinais.
O adversário da vez foi o Vila Velha,
equipe já conhecida pelo Ypiranga na primeira fase e o resultado novamente foi
empate. Desta vez o placar ficou no 0 a 0, deixando tudo aberto para a decisão da vaga na cidade de Palmeira. Com duas equipes fortes em campo, a expectativa foi
de um bom jogo de futebol. Não deu outra, com a presença de ambas as torcidas
no Estádio João Chede, Ypiranga e Vila Velha fizeram um dos melhores jogos do
campeonato. Com um total de cinco gols, a partida terminou em 3 a 2 para o
Ypiranga. Mas o jogo foi repleto de emoções até o fim. O jogo começou com dois
gols logo nos primeiros 15 minutos de partida, deixando o primeiro tempo com a
vaga ainda em aberto, com o placar de 1 a 1.
Na volta para a segunda etapa, o ataque
ypiranguista não perdoou os erros do adversário e abriu uma vantagem de 3 a 1
até os 27’ do segundo tempo, onde o placar foi descontado pela equipe do Vila
Velha, deixando os ânimos exaltados dos dois lados. Mesmo com investidas
constantes do lado da equipe de Ponta Grossa, o Ypiranga soube se defender e garantiu a vaga na grande final do certame.
O Campeonato Amador de Ponta Grossa
chegava nos dois últimos jogos, com duas equipes que dominaram o certame desde
o início. De um lado, o favorito América, maior campeão da Liga. Do outro, o
tradicional clube amador do Paraná, estreante na competição. Os dois jogos já
iniciaram antes mesmo da bola rolar, com uma discordância de opiniões entre os
dois clubes. Segundo o regulamento da Liga, em reunião estatutária antes do
certame iniciar, a proposta aceita foi
que as duas partidas das finais seriam disputados em Ponta Grossa. Como o
Ypiranga é da cidade vizinha, diretoria e torcedores pediam que o primeiro jogo
fosse disputado em Palmeira, mas o pedido foi negado, visto que este acordo foi
feito e concordado por todas as equipes.
Com o clima quente no pré-jogo, a
primeira partida da decisão foi realizado no Estádio Nilton Salles Rosas, em
Uvaranas. O jogo não foi diferente do que o esperado, duas equipes disputando o
domínio no centro de campo e as oportunidades surgindo com ataques constantes
dos alas. Com a insistência ofensiva dos dois times, a frequência de faltas foi
presente também durante a partida. O camisa 10 da equipe do Ypiranga, Gille,
relembra que o primeiro tempo foi de muita gana pelos dois lados. “Não queria
perder, por tudo que estava valendo. Criamos uma rivalidade com o América
dentro do campeonato e não poderíamos deixar de ganhar uma bola”, relata o
destaque da temporada, camisa 10 do Ypiranga, Gille.
Mesmo com o placar aberto no primeiro
tempo pela equipe do América, o Ypiranga não deixou de atacar em busca do
empate no segundo tempo, e gol saiu dos pés do próprio Gille que empatou aos
30’. Se antes do jogo houve polêmica, durante não seria diferente. No fim da
partida, a equipe do Ypiranga reclamou de um pênalti não dado, cobrança que
durou por alguns minutos após o apito final, levando mais este fator para a
decisão. Devido a isso, o placar do primeiro embate da final ficou em 1 a 1 no Estádio Nilton Salles Rosa, em Uvaranas, Ponta Grossa.
No dia 9 de junho de 2019, aconteceu o
embate final, esperados por torcedores, dirigentes e jogadores. Naquele dia,
América e Ypiranga definiram quem seria o campeão em um dos jogos mais eletrizante da competição. A bola rolou com as equipes explorando as ações em
ligações diretas e apostas pela beira do campo. Não deu outra, o gol não
demorou para sair e o Estádio Miró de Freitas explodiu com o gol aos 6’ de
Biro, em cobrança de falta. O lateral acertou o chute e colocou a bola no
ângulo e acalmou os ânimos da torcida ypiranguista que marcou presença nos
domínios americanos. Por outro lado, os americanos ficaram eufóricos com a
abertura no placar. Mas, a chance do empate surgiu com Gille, em cobrança de
pênalti aos 30’. O camisa 10 bateu, mas sem êxito. O goleiro adversário
defendeu e ali a animação por conta da equipe do América aumentou. Porém, próximo
do fim do primeiro tempo, o empate aconteceu com Wilson, que não pensou duas
vezes e acertou o chute preciso do empate, acertando o ângulo, decretando o 1 a
1 e o fim do primeiro tempo, aos 47’.
As emoções da etapa inicial foram
mantidas na segunda parte de jogo. O segundo tempo começou de forma menos
intensa, tanto que o América fez o gol de desempate aos 33’. Com a vantagem no
placar, o América recuou a defesa, buscando manter o placar e conquistar o
título. Mas para o Ypiranga, “desânimo não vence dificuldades” – frase escrita
no Estádio João Chede; e aos 41’, Marineu empata novamente e a partida encerra
em 2 a 2 no tempo normal. Placar que levou à decisão para as penalidades. “Ficar
de fora de uma grande final é sempre difícil, pois era um momento que eu
esperava muito. Mas sempre estive confiante que o título viria, mesmo com todo
aquele sofrimento’’. Brinca o goleiro do Ypiranga, Marcos Eloi, que ficou de
fora da partida, pois estava suspenso e viu a decisão por pênaltis segurando o
alambrado no Miró de Freitas.
Se fora de campo um goleiro estava como
torcedor, dentro um ficou com herói. O goleiro Paulo defendeu duas cobranças e
o Ypiranga sagrou-se campeão com as penalidades convertidas por Graxa,
Vinicius, Guinho e Elizeu. Momento especial para todos os ypiranguistas
presentes no estádio. Após a partida, a torcida e jogadores uniram-se para
comemorar e festejar o título. Odilon Antunes Junior, fundador da Torcida Jovem
Ypiranguista, estava presente na conquista e acredita que a motivação em ser
campeão foi o diferencial da equipe. “Os jogadores nunca abaixaram a cabeça,
mesmo em jogos que o time saiu atrás do placar, eles conseguiam virar e
empatar, lutando sempre pelo bom resultado’’, acrescenta Odilon, que também
ressalta a importância de ter o torcedor junto do time. “A torcida cobra, mas
sempre apoia, seja em casa ou fora, está sempre presente e isso ajuda os
jogadores’’, finaliza o torcedor alvirrubro da cidade de Palmeira.
Ao relembrar da conquista, o técnico
Júlio César Vida, fala das maiores dificuldades na trajetória do certame. “Nós
não conhecíamos as equipes de Ponta Grossa e essa era nossa maior preocupação,
tanto que fomos engrenando a equipe ao longo do campeonato’’, relata o
treinador Júlio. A outra dificuldade relatada foram os jogos serem realizados
no período da manhã. “Nossos jogadores não estavam acostumados com esse
horário, jogávamos apenas pelo período da tarde e tivemos que nos acostumar com
isso’’, comenta o treinador.
Sobre os dois jogos finais, o
comandante ypiranguista acredita que as duas equipes mereceram chegar na
decisão. “Foram as duas melhores campanhas, em dois jogos iguais. Tivemos
dificuldades tanto no jogo da ida, como no jogo da volta e o equilíbrio entre
as equipes só poderia acabar do jeito que acabou, nos pênaltis’’, finaliza
Júlio Cesar Vida.

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