[AMADOR PG] Prefeitura veta a retomada do certame e clubes se posicionam sobre o tema
A prefeitura de Ponta Grossa rejeitou, na
última quarta-feira (10), a possibilidade de retorno do futebol amador durante
a pandemia. Um ofício encaminhado pela Liga no dia 4 de junho solicitava um
posicionamento das autoridades municipais e estaduais sobre uma eventual
retomada do certame. A Equipe Drap ouviu a análise da Secretaria de Esportes e
a opinião de alguns clubes sobre a situação.
#AMADORPG
Por Allyson Santos
A Liga de Ponta Grossa está paralisada
desde o dia 18 de março por conta do avanço do novo coronavírus. Quase três
meses após a interrupção dos jogos, os clubes e a direção do campeonato debatem
sobre os riscos de uma possível retomada das atividades em meio à pandemia. O
presidente da Liga, César Roberto Pitela, sugeriu o retorno dos jogos por meio
de um ofício que foi repassado para a Secretaria de Esportes do Município. Após
análise do comitê, o pedido foi negado.
O responsável pela pasta, Marco Macedo,
alegou que as recomendações das autoridades de saúde foram determinantes para a
decisão. “O futebol é um esporte que exige muito contato, o que aumenta o risco
de transmissão da Covid-19. O ideal é esperar o achatamento da curva de infeção
no Estado e em Ponta Grossa”, destaca. De acordo com o secretário, um eventual
retorno da Liga seria arriscado antes do mês de julho ou agosto deste ano.
O presidente do Grêmio Esportivo, Juliano
Favaro, é contrário ao retorno da competição. “Não pretendo colocar em risco a
saúde dos meus atletas. Pessoas próximas a nós já contraíram o vírus, inclusive
jogadores”, relata. Favaro também afirmou que, em caso de retorno, não mandará
o time para campo.
A equipe do Milan Santa Mônica também não
é favorável à uma volta imediata do certame. “Nem o futebol profissional
retornou ainda. A diferença entre as estruturas é imensa e seria muito
precipitado neste momento”, explica o diretor Fabiano Lopes, que relembrou a
estrutura precária de muitos estádios de Ponta Grossa (que não garantem um
isolamento adequado aos atletas), e o alto custo para realização dos testes em
massa para Covid-19.
O técnico do Ypiranga, Júlio César Vida,
só apoia o retorno das atividades se houver garantia de segurança para todos os
envolvidos. “O clube espera seguir todas as recomendações que vêm dos órgãos de
saúde. Esperamos que seja tomada a decisão mais sábia e benéfica para todos”,
destaca o atual campeão da Liga.
A equipe da W3, que liderava o grupo B
antes da paralisação, também opta por aguardar a liberação da prática esportiva
por parte das autoridades competentes. “Após diálogo com todos que fazem parte
do elenco, definimos uma postura contrária neste momento”, ressalta o diretor e
atleta, Diego Polese. “É um risco alto para todos os jogadores e para as
famílias, ainda mais em um nível amador”, comenta.
O atual presidente do América
Pontagrossense, Paulo Roberto dos Santos, não apoia a retomada do certame em
meio ao avanço da pandemia. “Ainda estamos observando um número crescente de
casos de coronavírus. Voltar neste momento iria contra as medidas de
enfrentamento elaboradas pelo município”, explica o comandante do escrete que
mais levantou taças na história da Liga.
O Galdinos Futebol Clube também prefere
manter a cautela em relação ao tema. “Nosso time não tem as condições
necessárias para prestar o atendimento necessário a todos os jogadores. Deixar
o tempo agir é a melhor opção”, diz o representante do aurinegro, Anderson
Galdino.
O presidente da Liga de Futebol Amador de
Ponta Grossa, César Roberto Pitela, ressalta que a situação sempre dependerá do
posicionamento dos órgãos responsáveis. “Entendemos que a maior parte dos times
da cidade não podem bancar as exigências que devem ser feitas para a retomada,
mas tudo passa por decisões das equipes de saúde”, disse. “Em caso de
autorização oficial, será retomado. Tenho a responsabilidade de tocar o
futebol, não posso depender de clube A, B ou C. Se não forem, reinicia o
campeonato e levam W.O”, destacou Pitela.
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