[ESPECIAL] Há 6 anos o Nacional encerrou jejum de 49 anos ao conquistar a Série B da Suburbana
No ano de 2014 o Clube Atlético
Nacional fez história e conquistou com muita luta o título da Série B da
suburbana, após 49 anos sem soltar o grito de é campeão, na categoria adulta.
Coube a missão de um elenco com média de idade de 19 anos quebrar esse jejum e
devolver essa emoção aos torcedores do alviceleste do Boqueirão, a segunda
conquista do clube do certame.
#AMADOR CURITIBA
Por Lúcio Cesar
O treinador de 2014 do Nacional,
Alexandre Bach, relata que o bom desempenho no certame da Série B da Suburbana
teve o planejamento ainda no primeiro semestre. "A base que iniciou o
certame na temporada 2014 foi a que disputou a Copa Integração (sub-21) e
Copinha. Certames que tiveram o propósito de dar ritmo, mobilidade e
intensidade. O nosso retrospecto na Copinha foi muito bom, apesar de ser
eliminado pelo Capão Raso, em um jogo com um jogador a menos quase que os 90
minutos. Na Copa Integração fomos campeões, com uma base do sub-17. Mesmo o
certame sendo sub-21. O fato da Série B começar mais cedo também nos ajudou
muito, pois acabaram os campeonatos no primeiro semestre e nós entramos com
ritmo", relata o treinador do Nacional.
O nacional iniciou sua caminhada rumo
ao título no Grupo B da primeira fase, com Vila Sandra, Imperial, Vasco da
Gama, Umbará e CA Boqueirão. A campanha que teve o desempenho com quatro
vitórias, quatro empates e duas derrotas resultou à equipe a segunda posição
com 16 pontos, atrás apenas do líder Vila Sandra que conquistou 23 pontos. O
primeiro embate foi contra o CA Boqueirão, o resultado não foi dos melhores,
pois o duelo terminou no empate de 0 a 0 jogando em casa. Mas, após a estreia,
o clube engatou três vitórias seguidas contra as equipes do Vila Sandra, Vasco
da Gama e Umbará. Com 10 pontos na tábua de classificação, o Nacional tirou o
pé e ficou um tempo sem ver o caminho da vitória, pois conquistou três empates
e duas derrotas, encerrando então a primeira fase com uma vitória de 2 a 1
sobre o Vasco da Gama.
A campanha regular da equipe na
primeira fase já mostrou a todos que o Nacional iria brigar até o fim pelo
título, conforme o camisa 10 da equipe do Boqueirão. “Foi difícil, todos
tratavam nosso time como o time dos moleques, tentavam nos intimidar com isso.
Mas com a experiência do goleiro Ricardo e a questão tática e psicológica do
treinador Alemão, conseguimos fazer essa intimidação se tornar força para a
gente”, destacou Juninho, jogador do Nacional na época.
Grandes desafios na segunda fase
Na segunda fase o escrete do Nacional
esteve no grupo D, ao lado de Vila Fanny e Grêmio Ipiranga, que se classificou
em primeiro lugar de seus respectivos grupos, juntamente com a equipe do São
Braz. O desempenho do Nacional na segunda fase levou o time na segunda posição
com 9 pontos em 3 vitórias e 3 derrotas, atrás do Vila Fanny que conquistou 14
pontos.
Na
estreia, o alviceleste teve um resultado negativo, pois sofreu uma derrota de 2
a 0 frente ao Vila Fanny. A partir disso, o Nacional passou a ter que enfrentar
e passar dificuldades nos próximos desafios. Não deu outra, a equipe
alviceleste se superou e se mostrou forte, com o primeiro jogo decisivo na
quarta rodada, que foi o duelo diante o Grêmio Ipiranga. O triunfo foi de
virada no placar de 3 a 1. Na quinta rodada mais um grande desafio em que o
Nacional mostrou suas forças. O embate foi diante o rubro-negro do São Braz e
que terminou com vitória e placar de 3 a 0. “O jogo que marcou para a gente foi
o 3 a 0 no São Braz, pois fomos com número contado de jogadores, até o
treinador Alemão entrou em campo, conseguimos sair com a vitória e com a moral
muito grande”, reafirmou Juninho.
Semifinais
e disputa por pênaltis
Pela
semifinal o desafio foi contra a equipe do Capão Raso, líder do seu grupo na
segunda fase com 11 pontos e que contava com o artilheiro do campeonato, Diego
Armando. A primeira partida foi com mando do Nacional e a equipe fez valer o fator
casa, já que aconteceu a vitória por 2 a 1 com um gol de Flávio René e Juninho.
Para
o segundo jogo, o Nacional foi até o Estádio José Carlos Oliveira Sobrinho e enfrentou
uma grande pressão da equipe do Capão Raso e da torcida. Com isso, o Tricolor
de Aço superou os visitantes e venceram por 2 a 0 no tempo regular. Devido a
isso, a partida foi às penalidades. Momento que o goleiro Ricardo entrou em
cena. “A experiência e estrela de Ricardo apareceu, pois além de defender ele
bateu pênalti. Ganhamos na última cobrança com o gol de Bruninho, classificamos
para a final e conseguimos a vaga à primeira divisão. Foi uma grande festa, mas
o nosso time sabia que conseguia mais”, contou Juninho.
Chegada
da grande final
O
primeiro jogo da grande final foi com mando do Nacional. Local, que durante a
caminhada, rendeu um desempenho positivo e os números apresentou que o
alviceleste foi um adversário forte em sua casa. A final não poderia ser
diferente no Estádio XV de Agosto, que teve apoio da torcida na grande final
contra a equipe do Vila Fanny. Adversário, que contava com o melhor
aproveitamento no campeonato. As duas equipes se encontraram novamente após
dois embates pela segunda fase e os dois com vitória do Fanny, os visitantes
até então estavam com 100% de aproveitamento contra o Nacional.
Porém,
mais cascudo, o Nacional foi confiante e mais uma vez mostrou quem é que manda
no XV de Agosto. Ou seja, o alviceleste do Boqueirão venceu em casa por 2 a 0 e
abriu vantagem para o jogo de volta. No dia 13 de dezembro de 2014, o Nacional
conseguiu segurar toda a pressão dos donos da casa e o 0 a 0 não saiu do placar.
Resultado que decretou e deu aval para o grito de campeão depois de 49 anos.
Neste
dia o Clube Atlético Nacional conquistou o que foi seu último titulo na
categoria adulta do futebol amador curitibano. Muito importante para a
conquista do título, Juninho ainda nos conta como foi especial fazer parte
daquele grupo. “Eu me considero muito importante nesse título, cheguei na
segunda fase e era um dos mais velhos mesmo que com 25 anos, consegui ajudar
com bons jogos e muitas assistências, o mais especial desse título foi a média
de idade do nosso grupo, acho muito difícil isso acontecer novamente hoje”, acrescenta
o meia campista Juninho.
Números
da campanha
O
Clube Atlético Nacional se consagrou bicampeão da Série B com um total de 32
pontos. Em 20 jogos, o clube alviceleste conquistou nove vitórias, cinco
empates e seis derrotas. Com um total de 53% de aproveitamento e o artilheiro
do Nacional foi Flavio René, com 13 gols. A equipe mesmo sendo muito jovem se
mostrou muito forte e decisiva no mata-mata e isso garantiu o título para o
Nacional. “Era um time que não cobrava nada para jogar, íamos por conta dos
sonhos dos meninos e pela nossa amizade”, finaliza Juninho.
Na última partida, o escrete
alviceleste teve os seguintes jogadores: Ricardo; Bruninho, Mateus, Luciano e
Carlinhos; Marcos, Gilson, Flávio, Lucas, Nelson (Juninho) e Fernando Bruno
Antunes; Guilherme, Fábio, Marquinhos e Paraça. Com Alemão na prancheta.
"A maioria deste time tinha de 18 a 19 anos, com três ou quatro com 21.
Somente o goleiro Ricardo era o mais velho, acima dos 30. Meninos que recém
saíram da categoria juvenil. Ou seja, uma montagem muito racional e conseguimos
montar um time campeão. Aliado a qualidade, a nossa estrutura física e
preparação também foram fundamentais. Deste time, o Matheus, Flávio Renê,
Marcus e Fábio, conseguiram exito de jogar em equipes profissionais após esta
conquista do Nacional", comenta o treinador Alemão.
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