[ESPECIAL] Conquista da Copinha 2016 coroou time imbatível do Novo Mundo e revelou joia ao profissional
Conquistar um título de
forma invicta é sempre algo marcante, pois mostra a força de uma equipe em
relação aos adversários. Agora, ser campeão após vencer todas as partidas
disputadas é algo para um grupo seleto na história do futebol. É o caso do Novo
Mundo de 2016, que levou a terceira edição da Copa de Futebol Amador da Capital
e apresentou o meia Dione ao futebol profissional do estado.
#ESPECIAL
A equipe campeã daquela
Copinha foi uma mescla entre reforços e o time que chegou às semifinais da Divisão
Especial da Suburbana em 2015. Se por um lado o Alvirrubro perdeu Hideo, Batata
(Lucas Batatinha) e Samuca, por outro trouxe Jociel Henrique, Djonatan e Bruno
Santos. Dentre os remanescentes, um então jovem de 22 anos estava pronto para
deslanchar. “Foi um ano muito especial na minha vida. Meu objetivo em 2016 era
ser campeão pelo time do senhor Ivo Petry junto com meus companheiros, eu devia
isso a ele”, relembra Dione Ribas, camisa 10 daquele time.
Logo de cara, o Novo Mundo
mostrou que vinha com apetite para aquela Copinha. Em todos os cinco jogos da primeira
fase, o Alvirrubro não terminou os 90 minutos sem fazer pelo menos dois gols,
acumulando 19 bolas na rede e sofrendo apenas cinco. “O nível do nosso grupo
era muito alto, tanto titulares quanto reservas eram qualificados. Os gols eram
consequência de todo o trabalho feito naquele ano”, opina o atacante
Fernandinho.
Com esse desempenho, a
equipe naturalmente se classificou na primeira posição do grupo A. Ao mesmo tempo,
do outro lado o destaque era o grande rival Uberlândia, que também fez 100% de
aproveitamento no grupo B, o que aumentava a expectativa para um clássico em uma
eventual decisão. “Mesmo não tendo jogado contra eles até então, víamos a
equipe do Uberlândia muito unida e entrosada, o que fazia deles um oponente
forte”, afirma o treinador Ivo Petry.
Para que isso pudesse
acontecer, o Novo Mundo precisava passar pelo União Ahú nas semifinais. O time
demorou para abrir o placar no Ricardo Halick, mas após o golaço de bicicleta
marcado por Bruno Santos, aos 36’ do primeiro tempo, o Alvirrubro deslanchou e fez 4 a 0. Mesmo com a classificação
encaminhada, a equipe goleou novamente na Arena Vermelha, dessa vez por 5 a 0. “O
elenco como um todo era muito experiente, não tinha essa de “jogo ganho”. Naquela
Copa respeitamos todas as equipes, por isso merecemos a conquista”, explica
Fernandinho.
Com isso, as expectativas do
início foram confirmadas e a Copinha seria decidida em um clássico UberMundo,
reunindo os times com melhores números na competição e, até aquele momento, sem
provarem o gosto amargo de uma derrota na temporada. Era momento de os grupos terem
foco e os destaques individuais aparecerem. No jogo de ida, em um Gustavo
Schier pulsante, o Uber abriu o placar com Thiagão aos 37’ do primeiro tempo. “Apesar
de sairmos perdendo, mantivemos a calma e fomos buscar o resultado. Eu tinha
qualidade nas bolas paradas e o professor Ivo dava total confiança, assim
ficava mais fácil na hora do jogo”, conta Dione.
Na bola parada, o “Petkovic
da Suburbana” descomplicava o difícil. Nos acréscimos da etapa inicial, cobrou
uma falta da esquerda e empatou o jogo. Também pela canhota, aos 37’ do segundo
tempo, transformou uma infração despretensiosa no gol da virada, garantindo a
vantagem do empate para o jogo da volta e a afirmação pessoal como o craque
daquela Copinha.
Jogando em casa e com o
triunfo do jogo anterior, o Novo Mundo explorou o nervosismo adversário e
seguiu na mesma toada de toda a campanha, buscando a vitória como uma obsessão.
“A determinação dos atletas era fazer dois jogos em alto nível para garantir o título.
Coroamos uma campanha realmente sensacional, ganhando todas as partidas e enfrentando
várias adversidades”, recorda Ivo.
Dessa forma, o Alvirrubro goleou o rival por 4 a 1, gols de Dione, Marquinhos Lima, Marquinhos Cambalhota
e Fernandinho. “O gol foi um momento mágico para mim, é uma sensação diferente
das outras. Aquele dia ficará marcado para sempre na minha memória”, relata
Fernandinho.
O gol que Dione marcou na
decisão foi o último com a camisa alvirrubra. Artilheiro com nove gols, eleito melhor jogador do campeonato pelo Do Rico ao Pobre e campeão, ele foi para o Operário,
onde brilhou na conquista da Série C do Campeonato Brasileiro em 2018. Ainda em
início de carreira, joga atualmente no América de Natal. “Ir para o Operário
foi uma surpresa, já tinha desistido do sonho de ser profissional, mas consegui
marcar meu nome na história do clube. Mas o amador também tem um significado
muito grande na minha vida, onde conheci pessoas muito especiais”, declara o
meia.
O sucesso de Dione no profissional faz a alegria de quem o ajudou no início da jornada no mundo do futebol. “Apesar de começar mais tarde no profissional, Dione é um atleta dedicado e que teve uma passagem brilhante no Operário. Hoje é ídolo no América-RN e repete seu bom futebol. É merecedor e orgulha a todos nós”, arremata Ivo Petry.
Histórias de um time que
marcou o futebol amador curitibano. Com um elenco repleto de atletas
qualificados, um comando experiente e um camisa 10 decisivo, o Novo Mundo
campeão da Copinha em 2016 provou ser, literalmente, um esquadrão imbatível.
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