[SÉRIE B] Coritiba vence Ponte Preta em dia de Couto lotado por homenagem à Dirceu Krüger
Na noite desta segunda (29), Coritiba e Ponte Preta disputaram,
no Estádio Major Antônio Couto Pereira, a primeira rodada da Série B do
Campeonato Brasileiro. O primeiro tempo foi marcado pela emocionante homenagem
ao Flecha Loira, relembrado na comemoração dos dois gols de Rodrigão. A segunda
teve mais pressão distribuída entre os dois lados, mas no fim foi o Verdão quem
levou a melhor e venceu a Macaca pelo placar de 2 a 0.
#SÉRIE B
Por Giulie Carvalho
PRÉ JOGO: A volta do Brasileirão Série B representa algo a mais ao time
alviverde. É o primeiro jogo sem Dirceu Krüger, que dedicou 53 anos ao Coxa
dentro e fora de campo. O clube distribuiu 33 mil ingressos gratuitos à
torcida, que não decepcionou e esgotou toda a quantidade oferecida. Porém,
mesmo em um clima emocionante, o Verdão terá de se afirmar no primeiro jogo no
Couto Pereira para deixar para trás o fantasma dos vices do Paranaense e
começar com o pé direito no campeonato. Para a Macaca a importância da vitória
não é diferente, já que também resvalou no acesso ano passado, e ainda teve
eliminação precoce no Paulistão e na Copa do Brasil.
O EMBATE: Antes mesmo do jogo começar, o Couto Pereira já estava tomado de
emoção e boas energias. Dirceu Krüger, o eterno Flecha Loira, faleceu na última
quinta-feira (25), e hoje foi homenageado pela torcida que o idolatrava. Além
dos cantos e aplausos, 53 balões foram lançados ao céu representando todo o
tempo que Krüger dedicou ao clube. E então, quando o jogo realmente começou,
foi a equipe coxa-branca que dava os principais lances de ataque. Houve uma
tentativa para cada minuto dos primeiros iniciais, e mesmo que nenhuma
representasse real perigo, foi o suficiente para empolgar a torcida. Aos 6’, a
pressão continuava e Rodrigão colocou o goleiro Ivan para trabalhar, que jogou
para escanteio uma bola que tinha endereço certo. O escanteio foi o terceiro
seguido da equipe alviverde.
A primeira chance da Macaca veio dois
minutos depois dos pés de Matheus Vargas. O camisa 10 do time adversário
aproveitou a sobra de bola na entrada da área e bateu rasteiro na direção de
Wilson, que se esticou todo para desviar. Diego Renan, assim como Julio César,
ainda tentaram mais uma vez, mas a defesa afastou em ambas as oportunidades.
Essas jogadas representaram o início mais ativo da Ponte Preta, já que Diego
Renan, aos 14’, buscou Renato Kayser dentro da área, e por pouco não abriu o
placar no Couto. A importância desse primeiro gol ficou para o time da casa,
que além de homenagear o Flecha Loira, também representava um bom início de
campeonato. E foi aos 19’ que Rodrigão assumiu a responsabilidade e marcou de
pênalti, sinalizado após Diego Renan ter ficado de braços abertos dentro da
área. O gol foi comemorado com uma flechada em direção aos torcedores.
Mas mesmo com a torcida empolgada, era a
equipe alvinegra quem mais ameaçava a meta adversária, que nesse caso voltava a
contar com o ídolo Wilson. E foi assim que continuou nos 15 minutos seguintes,
até que a bola caiu novamente nos pés de Rodrigão. O gol veio novamente de bola
parada, mas foi uma pintura realizada pelo camisa 9 coxa-branca. Em uma
cobrança de falta, Fabiano tocou para Rodrigão, que driblou dois marcadores e
acertou a rede pela segunda vez, comemorando com outra flechada. Até o fim da
primeira etapa ainda deu tempo de Patrick Brey tentar deixar o dele, após ter
driblado Renan Fonseca e mirado corretamente na saída de Ivan. No entanto, a
bola caprichosamente foi pela linha de fundo. Mesmo com outras jogadas até os
46’, a partida terminou com vitória parcial do Verdão, que sentia, previamente,
a sensação de dever cumprido.
Embalados pelo resultado alcançado, a
equipe alviverde voltou animada e queria mais. Novamente foi Rodrigão o nome da
partida, quando tocou com categoria para fazer o terceiro, mas Ivan conseguiu
tapear a bola e evitar o gol. Logo após, a Ponte começou a ensaiar uma reação,
e aos 4’ e 5’, Renato Kayzer participou de dois lances que poderiam ter
resultado na diminuição do placar. No primeiro, ele tentou fazer com que a bola
chegasse em Matheus Vargas, mas a zaga coxa-branca impediu. Na segunda
oportunidade foi ele quem recebeu de Julio César, então cabeceou na direção de
Wilson, mas a bola passou rente à trave. Julio César também tentou marcar o
dele um minuto depois, e semelhantemente ao lance anterior, o chute passou
muito perto do travessão.
Quem fez a mesma proeza foi Rodrigão, aos
13’, após receber o passe de Diogo Mateus em jogada ensaiada. Um minuto depois
Luiz Henrique também empolgou a torcida em um quase gol olímpico, que só não
aconteceu porque Ivan conseguiu dar um tapa na bola para afastar. Aos 21’ e
22’, outra dupla tentou mudar o andar do jogo. Dessa vez, Arnaldo e Thalles
tentaram diminuir a diferença. Ambas as chances da dupla iniciaram com o camisa
2, que pelo lado direito buscava alcançar Thalles, porém, não houve efetividade
nas jogadas. Sete minutos depois foi marcada mais uma penalidade máxima, mas a
beneficiada da vez foi a Macaca. Diego Renan foi derrubado por Welinton Júnior
do lado esquerdo da área, e Thalles foi
o escolhido para bater. Contudo, diferentemente do primeiro tempo, a chance foi
desperdiçada por um camisa 9, que dessa vez acertou a trave e viu a bola ir
pela linha de fundo após intervenção de Wilson.
Mesmo com lance não convertido, a pressão
era toda alvinegra, que buscava de alguma forma se redimir com relação à
primeira rodada. Faltando pouco para acabar, Julio César cruzou para Facundo
Batista, que se chocou com Wilson dentro da área. Mas foi um minuto depois, aos
38’, que uma das melhores oportunidades realmente aconteceu. Abner fez linda
jogada pelo lado esquerdo do campo e cruzou para um dos atacantes alvinegros
bater, mas a defesa afastou. Matheus Oliveira pegou a sobra e finalizou, mas os
zagueiros alviverdes novamente tiraram a bola, que caiu nos pés de Thalles no
rebote e mais uma vez foi para fora.
Com 41’ jogados e sofrendo forte pressão
da Ponte Preta, Wilson demonstrou que sua recuperação fez efeito ao salvar o
Coritiba em uma jogada que começou com Arnaldo, mas foi traiçoeira por desviar
em Romércio. O Coxa ainda conseguiu criar mais duas chances já nos acréscimos
com Arancibia e Elyeser que haviam acabado de entrar, mas Ivan e a trave
tiraram o poder do alviverde ampliar e fazer goleada. Assim, o jogo terminou
com o placar do primeiro tempo e tanto torcida, quanto jogadores e equipe
técnica, sentiram que Dirceu Krüger foi devidamente homenageado nesta noite.
PRÓXIMA RODADA: O Coritiba viaja a Goiás para enfrentar o Atlético Goianiense na
próxima sexta-feira, às 21h30, enquanto a Ponte joga em casa contra o Criciúma
um dia antes, na quinta, às 21h.
OS ESCRETES XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
CORITIBA: 1
Wilson; 3 Alan Costa; 4 Romércio; 22 Diogo Mateus; 5 Vitor Carvalho; 28
Luiz Henrique (38 Arancibia); 14 Thiago Lopes (26 Elyeser); 15 Patrick Brey; 18
Welinton Junior (37 Lucas Tocantins); 9 Rodrigão Téc. Umberto Louzer.
PONTE PRETA: 1 Ivan; 2 Arnaldo; 3 Reginaldo; 4 Renan Fonseca; 6 Diego Renan
(16 Abner); 5 Nathan; 8 Gerson Magrão; 7 Julio César; 10 Matheus Vargas (19
Facundo Batista); 11 Renato Kayzer (17 Matheus Oliveira); 9 Thalles. Téc. Jorginho
FICHA TÉCNICA CORITIBA 2 X 0 PONTE PRETA XXXXXXXXXX
GOLS: Rodrigão
aos 19' e aos 36’ do 1º T (Coritiba).
CA: Luiz
Henrique e Fabiano (Coritiba); Gerson Magrão, Renato Kayzer, Matheus Vargas e
Nathan (Ponte Preta).
ARBITRAGEM: Ronei Cândido Alves.
ASSISTENTES: Frederico Soares Vilarinho e Leonardo Henrique Pereira.
LOCAL: Estádio
Major Antônio Couto Pereira.

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