Dirceu Krüger, o eterno Flecha Loira
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Foto: Site Oficial Coritiba |
Nesta
quinta (25), a torcida coxa-branca e o futebol paranaense como um todo
receberam uma triste notícia. Aos 74 anos, o ídolo Alviverde Dirceu Krüger
partiu desse plano, deixando uma história gloriosa construída em mais de 50
anos de dedicação ao clube do Alto da Glória. Relembre a história do Flecha
Loira.
#ESPECIAL
Dirceu
Krüger nasceu no dia 11 de abril de 1945 e se criou no bairro da Barreirinha,
zona norte da capital. Começou no futebol através do Combate, mas logo se
transferiu para o União Ahú no início dos anos 60 para disputar o campeonato
varzeano.
Ficou
lá por três anos, até que em um amistoso contra o Palestra Itália ele chamou
atenção do treinador do Britânia, que o levou para o clube alvirrubro. Krüger
ficou no Tigre até 1966, e era conhecido por marcar gols nos três principais
clubes da cidade na época (Atlético, Coritiba e Ferroviário). Isso despertou o
interesse alviverde, o que fez com que Dirceu realizasse o sonho de defender
seu time do coração.
Daí
pra frente começou uma relação de amor e fidelidade que perdurou até o último
dia da vida do Flecha Loira. Foram 252 jogos dentro das quatro linhas, 58 gols
marcados, sete títulos estaduais (1968, 1969, 1971, 1972, 1973, 1974 e 1975), a
conquista do torneio do povo em 1973 e uma ressurreição em 1970. No dia em que Dirceu
completou 25 anos, ele se chocou com o goleiro do Água Verde Leopoldo, fez o
gol, mas o choque foi tão forte que as alças intestinais se romperam. Um
sofrimento de 70 dias, com direito a receber a Extrema Unção em duas
oportunidades! Mas a fé de um estado inteiro, inclusive dos adversários, fez
com que Krüger driblasse a morte e voltasse a jogar.
No
entanto, o episódio influenciou na aposentadoria precoce do meio-campista, em
1976 durante um AtleTiba (com direito a volta olímpica e aplausos dos
torcedores rivais). Mas a história de Dirceu com o Coritiba estava longe de
terminar. O
Flecha Loira foi treinador do Alviverde em 185 jogos, além de ocupar cargos nas
categorias de base e no setor administrativo do clube. O Couto Pereira nunca
deixou de ser o lar de Krüger.
No
fim da vida, Dirceu recebeu duas homenagens marcantes. Em 2016, ao completar 50
anos de casa, o ídolo foi presenteado com uma estátua na entrada do estádio
coxa-branca. Mais recentemente, neste ano, foi escolhido pela Federação
Paranaense de Futebol para dar nome a taça do segundo turno do campeonato
estadual. Mesmo doente, Krüger teve a oportunidade de entregar sua taça às mãos
do vencedor. Embora o campeão tenha sido o Athletico, o episódio foi
emblemático.
O
ato final de uma história mastodôntica dentro do futebol paranaense. A partir
de hoje, o ser humano Dirceu Krüger não está mais entre nós, mas o legado que
ele construiu permanece intacto na memória de todos.
Vá em paz Flecha Loira, obrigado por tudo!
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