Imperial x Vila Sandra, o embate em que o futebol ficou em segundo plano
O
clássico entre Imperial e Vila Sandra, que iria acontecer neste sábado (21) no
Octávio Silvio Nicco, tinha tudo para ser inesquecível. Os dois times queriam
escapar do rebaixamento e os jogadores não mediriam esforços para honrarem as
camisas que vestem. No entanto nada disso aconteceu. Alguns torcedores dos dois
clubes transformaram o estádio em uma praça de guerra, onde a alegria suburbana
foi substituída pela tristeza da violência no futebol.
#SUBURBANA2017
Por Do Rico ao Pobre
Eram 17 minutos do segundo
tempo do jogo preliminar. A torcida organizada Toi Terror se concentrava no bar
do estádio por conta da chuva que havia caído no primeiro tempo e o clima era razoável,
algumas provocações ao Vila Sandra mas parava por aí. Até que o som de um foguete ecoou no ar. Aquele era o sinal de que a
torcida organizada Jovem Vila estava no recinto.
Quando o portão do
estacionamento foi aberto, a batalha campal começou. Pedras, tijolos, paus,
fogos de artifício... Tudo era arma para atingir o rival. O clima de terror
tomou conta do Mossunguê por mais de 20 minutos, quando a Polícia Militar
retornou ao local (antes do juvenil iniciar haviam três viaturas no estádio,
mas os PMs saíram e só voltaram na hora da confusão).
Os estragos foram grandes,
tanto físicos quanto emocionais. Carros destruídos, jogadores acuados, torcedores
que não estavam na briga ficaram no meio do fogo cruzado. Diante do
cenário devastador, o representante da FPF Clóvis do Espírito Santo juntamente
com a arbitragem não deram condições ao seguimento dos jogos por falta de
segurança.
Agora fica a pergunta: Que
futebol amador queremos ter? Aquele que nos orgulha, por jogos disputados e
torcedores que amam o clube do bairro, mas que convivem normalmente com os
vizinhos? Ou aquele que nos destrói, com a marca da selvageria que afasta a
população dos campos?
E as torcidas organizadas,
que sempre foram defendidas no site? Que moral teremos para enaltecer o
trabalho delas depois de atos como esse? Nem todos são violentos, mas alguns
vândalos trazem no peito a imagem de um grupo inteiro. E os clubes, que podem
ser prejudicados por situações promovidas por pessoas que dizem amar um time
acima de tudo. Que amor é esse?
Jorginho, um dos símbolos
do Imperial, comentou sobre o episódio e os impactos que a agremiação pode
sofrer.
O site Do Rico ao Pobre já
escolheu seu lado. Nós queremos o futebol amador de verdade, que incentiva a
união, o respeito e a vida em comunidade. Esperamos que as providências sejam
tomadas para que no futuro atos como os que aconteceram hoje no Octávio Silvio
Nicco sejam apenas parte de um passado que ninguém mais quer viver.
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DO RICO AO POBRE, O FUTEBOL SEM DIVISÃO
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