Zé Ricardo celebra 2016, mas já pensa em 2017 e com a camisa do Vila Sandra
A
Divisão de Acesso da Suburbana de 2016 teve como o campeão da temporada o
escrete alvinegro, Vila Sandra, que no placar agregado venceu o Palmeirinha do
treinador Daniel Jorge por 5 a 1. Campanha que teve como destaque o camisa
nove do Vila Sandra, que além de estar presente em quase todos os jogos do
certame, marcou 23 gols. Números e as ótimas atuações fizeram com que Zé Ricardo fosse o craque do campeonato.
#ENTREVISTA
Rafael Buiar
O atacante Zé Ricardo recebeu o
convite para jogar no escrete do Vila Sandra em 2014, mas na época vestindo a
camisa do Grêmio Ipiranga, o camisa 9 cumpriu com a palavra junto ao homem
forte da equipe do Grêmio Ipiranga. Mas passados dois anos, um o convite apareceu novamente ao artilheiro
e a resposta foi diferente. "Na época, o diretor do Vila Sandra, Leno, e o
treinador Julio ficaram chateados, mas nesse ano o Cleverson (Neguinho) entrou
em contato para que eu fosse pra lá. Não deu outra, deu tudo certo graças a
Deus. Dívida paga", enaltece o atacante.
Mas a chegada do atacante teve um
grande desafio pessoal, pois o ano de 2015 não foi como Zé Ricardo esperou.
Mesmo assim, o pensamento positivo esteve presente na cabeça do atleta e os
gols voltaram a aparecer. "Em minha opinião, 2016 eu tive uma
sequência maior de jogos, consecutivamente consegui treinar mais e ainda o time todo encaixou bem. Em 2013 fui artilheiro, 2014 vice e 2015 foi
um péssimo ano! Desde a primeira rodada os gols foram saindo e continuei a me
dedicar nos treinos e deu resultado, com ajuda dos companheiros", explica.
Números que motivaram ainda mais o
atacante do Vila Sandra a acreditar no acesso e, principalmente, na conquista
do título da Série B. "Começamos o campeonato com goleada e depois
perdemos para o Bangú, única derrota. Mesmo assim, jogamos bem. Por isso, a
confiança sempre existiu a medida que nosso time foi fazendo bons resultados. O
embate que marcou foi a primeira partida contra o Fortaleza onde ganhamos no
campo deles e ainda tive a oportunidade de fazer um gol, que acredito ter sido
o mais bonito na minha passagem pelo futebol Amador", relembra o
artilheiro. Conferir o gol no link: https://youtu.be/Pq9YEs2L5Ls
Devido a isso, com um bom futebol
apresentado e com a artilharia do certame, o atacante Zé Ricardo está em alta
no mercado. Mas o grandalhão do Vila Sandra garante que o desejo é de ficar no
time alvinegro para disputa da Taça Paraná. "Posso dizer
que 99% eu fico, pois eu acredito que devemos estar onde nos sentimos bem.
Todos da minha família me acompanham nos jogos e todos foram muito bem
acolhidos. Como estamos na série A e é um título que me falta, eu não vejo o porquê
de sair. Ainda mais que os projetos pra 2017 são ótimos", esclarece.
O entrosamento do ataque do Vila
surgiu a partir da copinha da Federação Paranaense de Futebol, realizada no
primeiro semestre de 2016, com Adriano e Maranhão. Zé Ricardo relembra que para
ter resultados com gols é preciso ter companheiros de qualidade como em anos
anteriores. "Tive outros três companheiros de ataque sensacionais, Mi (Olympique
- 2007) Thiago (Caxias - 2010) e Juliano (Ipiranga - 2013)", comenta.
Por isso, o treinador Marquinhos
Franco foi muito importante para a dupla de ataque engrenar e
marcar 40 dos 61 gols do time no campeonato. "A mão do Marquinhos foi vital, pois se fosse outro treinador ficaria a disputa entre eu e
Adriano como já havia acontecido na Copinha. Porque não jogar juntos? Acho que
serve de lição pra muitos treinadores. Esquema tático é importante, mas quem
está bem tem que jogar! Deixando claro que também a humildade e respeito de um
jogador com o outro e saber valorizar o momento de cada um, para não ter vaidade
no grupo em momento algum, foram fundamentais. Por isso deu certo eu e o Adriano", explica o
atacante.
Dentre os projetos da equipe do Vila
Sandra para este ano está a Taça Paraná, competição que Zé Ricardo não tem boas
recordações. Mesmo assim, Zé Ricardo tira força do ambiente para jogar a
"libertadores do Amador" e lutar para conquistar mais título inédito
para o alvinegro da zona oeste de Curitiba. "Disputei a Taça Paraná pelo Iguaçu
em 2009, mas infelizmente eu tive uma lesão de joelho que fez com que eu
ficasse parado quase um ano. Também joguei esta competição pelo Combate
Barreirinha. E como estou muito feliz pela comunidade da vila Sandra, pelo orgulho e
emoção que presenciei nos olhos dessas pessoas, junto a comissão técnica,
diretoria e jogadores, o ano de 2016 foi um grande ano e não vamos parar por
aí. Vamos brigar pelo título com certeza, mesmo sabendo das dificuldades eu estarei sempre focado para levantar o título", afirmou.
Outro momento especial em 2016 foi o
retorno das disputas de clássicos no cenário do futebol amador de Curitiba e que em
2017 não será diferente. “Eu já joguei alguns clássicos no amador de Curitiba,
como Iguaçu x Trieste; Caxias x Vila Hauer; Grêmio Ipiranga x Capão Raso. Jogos
que sempre são maravilhosos de se jogar, ainda mais com estádio cheio, com
vitória e fazendo o gol. Não tem palavras, pois é uma satisfação imensa. Neste
ano, contra imperial sabemos que será um grande clássico, mas vamos encarar com
naturalidade e sempre respeitando o adversário", analisa.
Zé Ricardo já jogou em cerca de 20
times, tanto na categoria de base de clubes profissionais e amadores da capital
paranaense e região metropolitana, como Atlético-PR, Paraná Clube, Nacional,
Iraty, Social FC (MG), XV de Piracicaba (SP) e Formiga (MG). No amador, Urano,
Internacional (São José dos Pinhais), Santa Quitéria, Olympique, Combate
Barreirinha, Iguaçu, Caxias, Laranja Mecânica (Campo Largo), Grêmio Ipiranga,
Vila Fanny e Vila Sandra.
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