Contando com a estrela de André Lima, Atlético vence Paraná por 2 a 1
Por Dudu Nobre
O rubro negro tomou as rédeas do jogo
desde o apito inicial, se postando a frente da linha que divide o gramado com,
no mínimo, seis jogadores - o objetivo era travar o setor de criação paranista.
Acoado o tricolor só tinha uma jogada: Lançamento para a ponta esquerda
buscando a velocidade de Nádson ou Robson. Mesmo vencendo o jogo tático, em
quinze minutos o time da casa só criou uma chance de gol com Walter. Faltava
capricho na hora de entrar na área.
Com essa dificuldade, uma opção era
investir em chutes de fora da área. Foi o que Nikão fez: aos 21', emendou uma
bola venenosa no ângulo direito para abrir o placar. Em outro lance minutos
depois, Otávio fez o mesmo e a bola passou perto da trave direita. Ewandro
também gostou da brincadeira e tentou, mas Marcos fez a ponte e espalmou pela
linha de fundo.
Mesmo com o domínio do jogo, em um
clássico as atenções devem ser redobradas. Aos 32', em mais uma reedição da
jogada manjada do Paraná, Róbson foi pra cima da marcação e Eduardo deu o rapa
dentro da área. Pênalti que Lúcio Flávio bateu sem firulas, forte e no meio
para empatar a peleja. O gol deu uma tranquilidade ao time de Claudinei
Oliveira, que segurou mais a bola e, assim, tirou a pressão de sua defesa até o
final do primeiro tempo.
Paulo Autuori percebeu que precisava
retomar o ritmo do início. Para isso, deveria melhorar o setor de criação para
a segunda etapa. Vinicius chamou a responsa no começo, criando duas chances
perigosas mas parando em um paredão chamado Marcos. Porém faltava algo. A torcida
cantou a bola: veio das arquibancadas o desejo de ver André Lima em campo.
O técnico mexeu primeiro aos 14',
tirando Ewandro e colocando Marcos Guilherme. A alteração surtiu efeito, pois o
setor esquerdo de ataque passou a ser mais acionado e assim o time chegava com
perigo pelos dois lados - visto que Nikão fazia bem o serviço pela direita. Aos
20', Autuori atendeu a massa e colocou o camisa 99, recuando Walter para a
função de enganche e colocando André para ser o pivô do esquema.
Três minutos depois e a estrela do
homem brilhou. Lançamento despretensioso. O quique do gramado matou o zagueiro
Demerson. A redonda sobrou limpa para o matador, que chutou no canto esquerdo.
A bola bateu na trave e foi morrer na rede. Barulho ensurdecedor nas
arquibancadas.
O Atlético teve mais duas chances nos
20' finais, uma com Marcos Guilherme e oura com Walter - destaque para a linda
defesa de Marcos na cabeçada do camisa 18. Não se teve notícias do ataque
paranista na segunda etapa, pois a puxada de contra-ataque foi ficando mais
lenta a cada minuto. O jogo seguiu sem grandes transformações até o apito
final. Fim de clássico: Atlético 2, Paraná 1.
No jogo da volta, semana
que vem na Vila Capanema, o Atlético tem a vantagem do empate. Ao Paraná resta
vencer por dois ou mais gols de diferença para ser finalista. Caso o tricolor
vença por uma diferença mínima, a vaga para a decisão do estadual será decidida
nos pênaltis.
OS ESCRETES
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ATLÉTICO: Weverton; Eduardo, Paulo
André, Thiago Heleno e Sidcley; Otávio, Jadson (Hernani) e Vinicius (André
Lima); Ewandro (Marcos Guilherme), Nikão e Walter. Técnico: Paulo Autuori.
PARANÁ CLUBE: Marcos; Nei (Rafael
Carioca), Alisson (Basso), Zé Roberto (Demerson) e Fernandes; Jean, Anderson
Uchoa, Nadson e Válber; Robson e Lúcio Flávio. Técnico: Claudinei Oliveira.
GOLS: Lúcio Flávio (Paraná Clube);
Nikão e aAndré Lima (Atlético)
MELHORES MOMENTOS (VÍDEO) - EM BREVE
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