Sem o brilho e a quantidade de clubes de décadas passadas, a Taça Paraná vem aí
A Taça Paraná irá ter o ponta pé
inicial neste domingo (24), com dois embates na abertura da 53ª edição do
certame. Dentre eles, o representante de Curitiba, Santa Quitéria, que irá
enfrentar o Internacional de Campo Largo, no Estádio Maurício Fruet. A
competição de 2016 será de tiro curto, com apenas quatro equipes – dois de Campo
Largo, um de Araucária e um de Curitiba. Diferente em décadas passadas. Confira a prévia e a expectativa do Santa Quitéria:
Por Do Rico ao Pobre
A edição de
2016 terá um número menor de escretes em relação ao ano anterior, em que teve
nove clubes, cinco a mais que este ano. A queda dos times foi devido a ausência
de outras ligas regionais, como Colombo, Guarapuava e Campina Grande do Sul.
Mas a Taça Paraná já teve outro patamar quando fala em número de escretes em
décadas passadas, como mais de 70 clubes na disputa pelo caneco. Ou seja, uma
verdadeira integração com os clubes amadores do estado do Paraná.
Com esta
quantidade de clubes, a competição teve grande impulso e chegou a ganhar
holofotes nacionalmente, tendo vários craques revelados para o futebol
profissional. Fato que foi considerado como um dos pilares para aumentar ano a
ano o número de participantes e proporcionando a instalação de Ligas Regionais.
Mas nos dias atuais, este cenário está bem diferente.
Segundo a
Federação Paranaense de Futebol (FPF), a queda de times resume ao
descumprimento dos times em relação ao estatuto da FPF. “Quando a atual gestão
assumiu a entidade, em 2008, das mais de 70 ligas, somente em torno de 10 eram
regulares. Infelizmente requisitos simples do Estatuto da FPF não são
cumpridos, deixando muitas equipes de fora da competição.”, esclareceu.
Diferente disso, o time do Santa
Quitéria, campeão da Suburbana em 2016, confirmou a sua participação
definitivamente, já que meados do mês fevereiro teve rumores da sua ausência na
competição, por falta de patrocinadores. Segundo o diretor da agremiação do
Quitéria, Roberto Braga, o time está motivado para o certame e vem montando o
plantel aos poucos. "A nossa grande motivação para a disputa da Taça
Paraná foi o título do ano passado e a grande oportunidade de conquistar mais
um título este ano. Para isso, já estamos montando o plantel com os novos
integrantes na comissão técnica. O primeiro passo já foi dado, com a manutenção
do goleiro Jonas, que foi destaque no ano passado", enfatiza Braga.
Do outro lado, o escrete do Combate
Barreirinha, campeão da Série B de 2015, não irá disputar o certame este ano. A
notícia da negativa do clube veio através de uma nota oficial emitida via Rede
Social pelo diretor de futebol da agremiação, Edivaldo Jubim. No primeiro
parágrafo da nota, já o anúncio: “O Combate Barreirinha Futebol Clube, em
respeito ao Futebol Amador do Paraná, a imprensa, aos seus torcedores, a
história da Taça Paraná e aqueles que galgaram o posto mais alto desta
competição comunica que não participará do Torneio neste ano”.
Segundo a nota, o principal motivo da
desistência do clube é a desvalorização e a forma como ela está sendo tratada,
conforme o trecho: “O enxugamento da competição movida pela formalização
exacerbada sem a contrapartida e o auxílio necessário para as ligas e os atores
principais do espetáculo, fizeram com que o tradicional embate se reduzisse a
um torneio metropolitano”. Confira na íntegra a nota do clube: http://migre.me/tjwnJ
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Foto: Arquivo Edivaldo Jubim |
O diretor de futebol do Combate Barreirinha,
Edivaldo, esclareceu que estavam aptos a participar da competição, mas por
detalhes preferiram não seguir adiante. "A diretoria se reuniu e relatou
que traria um prejuízo financeiro ao disputar uma competição com cinco times, o
que entristece um clube de tanta tradição como o Combate", comentou.
Para melhorar a forma de disputa das
competições de futebol amador em Curitiba e região metropolitana, o diretor do
Combate sugeriu mudança de calendário e burocracias. "Com a baixa demanda
no primeiro semestre, sugiro que a Suburbana fosse disputada no primeiro
semestre e a taça no segundo. Além disso, a diminuição da burocracia, já que
com ela só os clubes com recurso têm condições de jogar, o que acaba com o
torneio", enfatiza Edivaldo.
REGULAMENTO - Na primeira fase, os clubes jogam em turno e returno
em um grupo único. Os dois primeiros colocados, classificam-se para a fase
seguinte (final). A final acontece em jogos de ida e volta. O mando de campo da
segunda partida será da equipe melhor colocada na 1ª fase.
REGULAMENTO - Na primeira fase, os
clubes jogam em turno e returno em um grupo único. Os dois primeiros colocados,
classificam-se para a fase seguinte (final). A final acontece em jogos de ida e
volta. O mando de campo da segunda partida será da equipe melhor colocada na 1ª
fase.
TAÇA PARANÁ - Criada em 1964, na
gestão de José Milani, pelo Capitão Hugo Weber, que na época era o
superintendente da Federação Paranaense de Futebol (FPF). O Capitão criou
visando interligar o futebol amador, até então disputado regionalmente pelas
diversas ligas espalhadas em todo o Estado. Mas antes mesmo de ser
oficializada, a FPF resolveu organizar duas competições experimentais, 1960 e
1962, para em 1964 criar a Taça Paraná, realizada anualmente com a presença dos
campeões das Ligas regionais e também da Capital.
A capital paranaense está com o jejum
de seis anos sem levantar o caneco da Taça Paraná, pois a última vez que este
fato aconteceu foi em 2009 com a equipe do Urano. Nos últimos dez anos, quem
levou o certame foram, a equipe do Fanático (2015), Bandeirantes (2014),
Internacional (2011-2013), São Manoel (2010 e 2008), Urano (2009), Loadense
(2007), Trieste (2006) e Combate Barreirinha (2005).
CHAMADA 53ª TAÇA PARANÁ
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