Santa Quitéria, o destaque da Suburbana 2015
Chegamos a última figurinha do ano de 2015. E como um bom álbum que se preze, o nosso também tem uma foto do escrete inteiro. Como não poderia deixar de ser, vamos tentar contar o enredo cinematográfico que levou ao título da Suburbana 2015 um clube abençoado por Santa Quitéria.
Segundo o site wikipedia, Santa Quitéria é a padroeira dos angustiados. Angústia significa estado de ansiedade, inquietude; sofrimento, tormento. Nenhuma outra divindade estaria à altura dessa trajetória. Quem vê o time verde e amarelo nas redes sociais celebrando a taça não imagina o quão suado foi esse caneco.
Apontado no início como um dos favoritos, o Quitéria teve um início de campeonato desastroso, numa sequência de cinco jogos sem vencer. Tive a oportunidade de acompanhar o 0 a 0 contra o Bangu, na quinta rodada. Terminei aquela crônica com a seguinte frase: "A torcida pede a cabeça do técnico Leandro Chibior. Só uma vitória irá eliminar a nuvem pesada que paira sobre o Maurício Fruet."
Apontado no início como um dos favoritos, o Quitéria teve um início de campeonato desastroso, numa sequência de cinco jogos sem vencer. Tive a oportunidade de acompanhar o 0 a 0 contra o Bangu, na quinta rodada. Terminei aquela crônica com a seguinte frase: "A torcida pede a cabeça do técnico Leandro Chibior. Só uma vitória irá eliminar a nuvem pesada que paira sobre o Maurício Fruet."
O rebaixamento começava a se aproximar e o confronto fora de casa contra o Orleans era direto. Era 44' do segundo tempo e o jogo estava 2 a 1 para o alviverde. Após bate rebate na área, Juliano empatou. Aos 48', o que parecia impossível: cruzamento de Juliano e Diego Sena virou o jogo. Era o primeiro sinal de um time campeão. A disputa agora era pela classificação e outro finalista no caminho. A derrota para o Pilarzinho desanimou, mas duas vitórias consecutivas - contra Hauer e Urano - deram ao auriverde uma vantagem de quatro pontos para o Pilar. Na penúltima rodada, derrota para o Renovicente por 4 a 1. O tricolor poderia encostar e dificultar tudo, pois iria enfrentar o lanterna Hauer, que não havia vencido nenhuma no campeonato. Pois o Vila venceu e deu de presente ao Quitéria a classificação para a segunda fase. Era então o segundo sinal.
Na segunda fase, parecia que a maré enfim iria virar. O time ganhou fora de casa do Trieste, mais uma vez de virada - com direito a gol de falta do goleiro Jonas. A próxima peleja era a da afirmação, em casa contra o Renovicente. Decepção: derrota por 2 a 1 e choque de realidade. O auriverde precisava lutar muito para ir às semifinais. A campanha na segunda fase foi irregular: duas vitórias e três derrotas. O grupo estava embolado, todos tinham chances de classificação. Mas para entrar nas semis, o Quitéria tinha que vencer o mesmo Renovicente, dessa vez no Solar do Bosque. E aí vem o terceiro sinal. O meia Juliano, um dos destaques do time, estava a três meses parado por conta de uma grave lesão. Na manhã do dia 7 de outubro, o técnico Chibior o escala para a partida. Ele vai até uma farmácia, toma uma injeção para conter as dores e vai para o jogo ajudar os companheiros. Aos 37', ele estava no lugar certo para a redenção, abrindo o placar.
O renove não se entregou, empatou e chegou a deixar o jogo em 2 a 2 até os 44' do segundo tempo - com um jogador a mais. Mas o Santa foi valente e Jean soltou o grito da massa. 3 a 2 e vaga nas semifinais. Eis o quarto sinal. A bola da vez, o favorito Novo Mundo. Mas o time quiteriense estava calejado e muito unido. Não deu chances ao azar: 3 a 1 em casa e 2 a 0 em plena Arena Vermelha o credenciaram à decisão.
Dados de um time monumental, guerreiro, copeiro e campeão da especial.
PS: pra você torcedor, jogador, treinador ou diretor que viveu tudo isso, aqui vai essa música.
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