Maikon e William Loco: os destaques do empate entre Urano e Pilarzinho
Essa semana a figurinha da rodada
saiu um pouco depois do programado, em uma quinta feira ao invés de ser em uma quarta.
O atraso aconteceu por causa da discussão de que critério seria adotado para
escolher o destaque: a razão dos números ou a emoção de uma história?
Por Dudu Nobre
Esses dias em uma aula da
faculdade o professor me explicou dois padrões de beleza: o apolíneo e o
dionisíaco – baseado nos deuses gregos Apolo e Dionísio. Apolo é o deus da
harmonia, do equilíbrio e da razão. Já Dionísio, o mais humano dos deuses
gregos, representa a festa, as emoções descontroladas. Se Apolo e Dionísio
vissem o jogo entre Urano e Pilarzinho, teriam muito que discutir no bar do
estádio Manecão depois da partida.
Apolo usaria a razão e escolheria
Maikon como destaque. O atacante foi o cara do segundo tempo, aparecendo aos 12
e aos 15, marcando duas vezes e estabelecendo uma vantagem ao azulão. Nunca lhe
passaria pela cabeça optar por um jogador que falhou em um lance importante.
Mas esse seria o caso do
escolhido de Dionísio: William Loco. No segundo gol do Urano ele furou a
cabeçada e a bola sobrou pra Maikon que fez. Um momento ruim para um time que
buscava sair de uma situação incômoda. Quando tudo se encaminhava para um final
triste, a bola cruza a área aos 50 minutos e se oferece para William, que
empata o jogo. Loucura. Emoção ao extremo. Um humano que errou, mas que durante
o jogo teve uma trajetória de superação.
Essa discussão entre Apolo e
Dionísio se estenderia até o dia seguinte... Mas se pra deuses gregos já é uma
escolha difícil, imagina para um ser humano como eu? Não seria justo. Maikon e
William Loco: os destaques do empate entre Urano e Pilarzinho.
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