Uma gangorra de emoções terminou com o acesso para o Paraná Clube a série A do Brasileirão
O ano de 2017 ficará marcado na história do Paraná Clube, seja pela reconstrução do time, os recordes de público, a descoberta de um elenco competitivo e principalmente pelo acesso para a série A após uma década na segunda divisão nacional.
#RETROSPECTIVA 2017
Por @Arthur Henrique
O
início das atividades começou em dezembro de 2016, com a contratação de Rodrigo
Pastana, que vinha de um grande trabalho no Guarani. Talvez o nome chave para o
retorno à elite do futebol brasileiro. Pastana começou seus trabalhos indo ao
mercado, trouxe praticamente um time novo, com os destaques para a sólida
defesa, a menos vazada do campeonato paranaense, e Guilherme
Biteco, irmão de Matheus Biteco - morto na tragédia da Chapecoense. Mas claro
que nem todas as contratações foram um sucesso absoluto, poucos lembram de
Ruben Bentancourt, o “Cavaninho”, que jogou apenas uma partida como titular e
foi expulso.
Para
comandar o time o nome escolhido foi Wagner Lopes, brasileiro naturalizado japonês que disputou a
Copa do Mundo de 1998 pela seleção nipônica. O trabalho foi bem feito, o time
jogou bem e pelo terceiro ano consecutivo foi o líder da primeira fase. Com o
imbróglio do “Caso Getterson”, enfrentou o Atlético-PR e foi eliminado nas quartas de finais mais uma
vez.
Na
Copa do Brasil o papel de Wagner Lopes deu mais resultados, passando por
dois times da primeira divisão (a dupla Bavi). Contra o Tricolor da Boa Terra uma polêmica na qual,
durante o sorteio dos confrontos, o representante da CBF afirmou que o Bahia
passaria pelo Paraná. De acordo com Wagner Lopes isso só motivou o time.
Após
a campanha no estadual o treinador recebeu uma oferta para ir ao Japão, o
coração e o bolso falaram mais alto e Wagner se despediu. Para o lugar dele o
Paraná chamou Cristian de Souza, vindo do Acre. Cristian teve nas mãos um dos
principais jogos da temporada, enfrentando o Atlético-MG pela Copa do Brasil,
onde o time saiu atrás duas vezes, mas graças a grande atuação de Biteco, o
Paraná venceu por 3 a 2. Na volta um 2 a 0 para o Galo eliminou o Paraná e além
disso, em uma dividida, Fred chutou o rosto do goleiro Leo e, com Marcos
lesionado, o espaço para Richard estava aberto.
Pela
Série B Cristian foi mal, deixou o time em baixa, disputando pontos para sair
de perto da zona de rebaixamento, fato que culminou em sua demissão. No lugar dele chegou o polêmico Lisca
“Doido”.
Lisca
arrumou o time e mostrou como a equipe poderia jogar bem, igual ao time comandado
por Wagner Lopes. As vitórias chegaram, a boa fase se instalou no elenco e
Lisca foi abraçado pela torcida. Com o time jogando bem, as promessas de pular
no Rio Belém e coletivas muito divertidas faziam com que torcida e time se
encontrassem. Lisca
comandou o Paraná na Primeira Liga e eliminou o Flamengo nos pênaltis. Na
sequência pegaria o Atlético-MG, mas tudo mudou. Em uma situação muito nebulosa,
Lisca foi demitido horas antes do confronto contra o Galo e Matheus Costa
assumiu o time, o resultado foi uma eliminação esperada.
Matheus
Costa assumiu o time e fez o improvável, venceu seis e empatou duas nas oito
primeiras partidas de trabalho. Colocou o time entre os quatro primeiros e não
deixou sair. Foi durante esta alta que o Paraná fez um dos jogos mais
simbólicos da temporada, contra o Internacional, com mais de 39 mil torcedores que bateram o recorde da Arena da Baixada e viram o tricolor vencer por 1 a 0 o
colorado gaúcho.
Na
reta final o elenco demonstrou cansaço, perdeu jogos que deveria vencer, contra
Figueirense, Oeste e Brasil de Pelotas, o que fez com que a distância entre os
times abaixo diminuísse. O Paraná poderia perder a vaga para Londrina e Oeste
nas últimas rodadas. Contra
o CRB o Paraná precisava vencer e torcer para que os oponentes não
vencessem.
Isso aconteceu graças a uma das primeiras vezes na qual o time teve sorte durante os 10 anos de série B. Gol contra dos alagoanos, Londrina empatando e Oeste perdendo para o lanterna. O Paraná estava na série A, depois de uma longa década.
Isso aconteceu graças a uma das primeiras vezes na qual o time teve sorte durante os 10 anos de série B. Gol contra dos alagoanos, Londrina empatando e Oeste perdendo para o lanterna. O Paraná estava na série A, depois de uma longa década.
O
jogo contra o Boa Esporte serviu para comemorar, o maior público do Couto
Pereira nos últimos 10 anos e um empate sofrido deram ao Paraná o título de
melhor mandante da competição, com apenas duas derrotas em casa durante o ano
inteiro.
Foi
como um título.
Ano
que vem o Paraná estará no FIFA, no PES, nos cavalinhos do Fantástico e acima
de tudo na elite do futebol brasileiro. E como foi difícil chegar lá.
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DO RICO AO POBRE, O FUTEBOL SEM DIVISÃO
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