J Malucelli tem ano decepcionante que pode ser o último de sua história
Sem dúvida alguma o clube paranaense que teve o 2017 mais amargo foi o J Malucelli. Um ano que começou com a esperança de ascensão dentro do cenário nacional, mas que terminou com o encerramento das atividades profissionais do clube. Um período difícil em que fatores extracampo tiveram mais influência que o futebol apresentado pelo Caçula da Capital.
#RETROSPECTIVA
Por @Dudu Nobre
A tristeza é ainda mais profunda se
analisarmos a expectativa criada no início da temporada. O Jotinha manteve o
treinador Luciano Gusso e uma base de 13 jogadores que disputaram a Série D de
2016, um time entrosado para chegar longe no estadual e buscar o acesso à Série
C do Brasileiro – visto que no ano anterior já havia conquistado a vaga na
quarta divisão deste ano.
O início foi positivo, sete pontos em
três rodadas, o time estava encaixando... Até que uma notícia caiu como uma
bomba no Parque Barigui: o atacante Getterson (que havia voltado de empréstimo
do Dallas FC no início do ano) foi registrado no Boletim Informativo Diário
(BID) da CBF após ter atuado pelo Jota
em três oportunidades. Uma irregularidade que poderia custar a perca de 16
pontos no certame.
A partir daí o J Malucelli passou a
disputar dois campeonatos: um nos gramados e outro nos tribunais. Após perder
em primeira instância na esfera estadual e ganhar em um segundo julgamento, o
clube foi punido no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com a pena
máxima.
Um período de 44 dias em que o elenco se
mostrou blindado aos acontecimentos extracampo, fazendo a quarta melhor
campanha da primeira fase e vencendo o Londrina no Estádio do Café por 3 a 1,
em partida não homologada pelas quartas de finais da competição. Uma campanha
sólida, mas que, por conta da irregularidade jurídica, culminou com a queda do
Jota à Série B do Paranaense.
Após um segundo semestre em que o clube
disputou apenas o Paranaense Sub-17, o Jotinha chegou a uma encruzilhada no dia
5 de dezembro, data do arbitral da Série B do Paranaense 2018. Ou a equipe
encarava a segunda divisão, ou interrompia suas atividades profissionais. O não
comparecimento a sede da Federação Paranaense de Futebol decretou uma parada na
história de cerca de duas décadas do time do Parque Barigui.
Quanto ao futuro, incertezas. Em
entrevista ao jornal Gazeta do Povo o Presidente de Honra Joel Malucelli
afirmou que esse é o ponto final da história, porém o investimento que o
ex-atacante Paulo Rink fez nas categorias de base do Jotinha deixa um pavio de
esperança de que ao menos o clube siga nessas competições. Mas uma coisa é
certa: 2017 será lembrado com muita
tristeza por quem admira o Caçula da Capital.
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